sábado, 31 de dezembro de 2011

"You'r Not Alone" (Sannio)

"Everybody Hurts".
É o título,de uma música,do "R.E.M"(sério??).
É uma boa música.
R.E.M,é uma boa banda,também.
Estranha(eu acho),mas uma boa banda.
Eu sou careca,quase como o vocalista.
Ele canta melhor,eu sou menos careca.
Ouça a música!
Ela pode vir a ser,a covinha em seu sorriso.
Ou não!
A escolha,é sua.
Sempre foi.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

"Mudanças Noturnas, Diurnas Conclusões" (Sannio)

O cenário:"In a town full off rubber plans"
Personagens:(Fada)Cacheada,Lobisomem(na lua nova).
Figurantes:O Menino Sol(o menino que representava,um ideal).
Pessoas passando incesantemente,carregando os objetos de cena.
Jovens bufões.

Ato 1.

Cena 1.

"O Grito"

Sentia-me exausto.
Arrastava meu corpo doído, das noites intermináveis.Ao meu perpétuo covil solitário.
Quando de repente,deparei-me,com um grito.
Um pedido de ajuda,que penetrava os galhos das árvores,com a força de um vendaval furioso.
Era ela.
"Cacheada" atravessava, a floresta, com a velocidade de uma flecha sioux.
Um vampiro a perseguia por entre às sombras.
Mas assim como "apareceu".Assim "sumiu".
Talvez tenha me visto.
Talvez tenha notada,a imponência da minha figura.
Ou a fera escondida em meu olhar.
Não importava.
Cacheada estava à salvo!
Gralhas noturnas,ainda nos rondavam.
E a floresta era mais segura,próxima a minha caverna,naquela noite estranha.
Seus olhos,não estavam multicoloridas,como de habitual.
E então,percebi atônito.Que a noite,os poderes de fada,de Cacheada,se trasmutavam.
Assim como a multi coloração de seus olhos.
A noite,eram apenas castanhos.Nada mais.
Eu,por consequência da lua,não estar,em sua exuberância costumeira.
Tinha apenas,traços da minha bestialidade.E apenas me esforçava ao sorrir.
Para que Cacheada não percebesse,minhas presas.Nem a ferida "quase mortal",do lado esquerdo de meu peito
A noite,ainda rezervava,mais surpresas para nós dois.
Como a carruagem do "Menino Sol".
O menino que para ela,representava um ideal.
E para mim,amante da lua e de suas estrelas.
Nada dizia.
E a ouvi,disfarçando paciência.
Com honesto(porém dissimulado)intento,de transformar-me em lobo.
Alcançar a carruagem do Menino Sol.Arrancar a sua cabeça reluzente e me sorvir de seu sangue.
E seguimos conversando.
Aos poucos,pessoas passavam por nós,carregando objetos.
Eram mesas,cadeiras,candelabros,livros.
E eu pensava,de qual castelo teriam eles saqueado estes objetos.
Seriam os objetos,meus pertences.E por mágica da fada Cacheada,eu não haveria notado?
Mas a fada,também parecia surpresa.
Por um momento,pensei,que o reino inteiro se desmantelava.Talvez,todo o universo e suas infinitas realidades.
E éramos nós,fada e lobisomem.As únicas(aparentemente)testemunhas conscientes.
A noite se alongou um pouco mais.E as criaturas da floresta,nos reconheciam,por entre às flolhas,próximas de nossas moradas.
Por vezes,eu rosnava escondido,aos jovens bufões,que nos observavam.
Fomos da psicologia raza,ao nulismo suícida.
Das confissões,aos segredos.
Dos desenhos,às músicas.
Do egocêntrismo,ao altruísmo.
Da fantasia,à realidade.
E ainda não a entendo!
Não como eu gostaria,não como Cacheada gostaria.
Mas ao menos,vi seu rosto naquela "lua nova".
E desta vez,seus cachos não puderam esconde-la.
E depois de tanta conversa,cada um seguiu seu caminho.

Desse o véu da noite.
Fim da cena 1.
...

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

"Segunda-Feira" (Sannio)

Cansado de pensar em que direção seguir.
Cansado apenas.
Sem,que para isso,haja significado.
Sem que para isso,haja explicação.
Cansado por cansar,opor-se a socialização.
Cansado de ter,em meus olhos,outra vez solidão.
Cansado até da comunicação.
Cansado de ser,individuo sem moderação.
Cansado apenas.
Cansado e nada mais.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

"Borboleta" (Sannio)

"Há tão poucas pessoas que amam,as paisagens que não existem."
(Fernando Pessoa)

É fácil calar os lábios,quando os olhos falam
O resto é só silêncio,vôo e espera
Não sou o pássaro acima de mim
Eu não sou tão aéreo assim
Tenho os pés calçados no chão molhado
E o vento que arrisca,riscar meu rosto
Treme meus braços nús
Distraído quase não pude notar
Borboleta em meu ombro

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"Enfim,Você!" (Sannio)

Guri.
É desta época, que me lembro de você.
Da "época de guri".
E quando hoje, tu me chamas assim:
"-Guri"!
Confunde o adulto e atira-o para longe de ti.
De mim.
E o "guri interno",corresponde de imediato ao teu chamado.
E volto a te olhar,como te olhavas antes.
Como um guri sonhador.
Assoprando a franja para o lado(que há tempos me deixou,com a sua saudade).
E te fitando por segundos.
Constrangido que percebas.
Que sempre te quis comigo.
Que mesmo após anos,ainda te observava,curioso.
Eu à segurar um copo de cerveja.
Você à sorrir,dizendo:
"- É a minha música!"
Roy Orbison,então invadia o salão.
"Pretty Woman".
Eu disfarçava ainda,meu olhar em sua direção.
E me sentia novamente,como um guri.
E se hoje te admiro,com olhares de homem adulto.
Não te enganes...
É paixão de guri!

sábado, 26 de novembro de 2011

"Adeus Infância" (Sannio)

O Sr. João Bandeira. Uruguaio de nascimento.
Obteve no Brasil, uma vida honesta, breve e apesar de todas às dificuldades por que tenha passado. Feliz.
Tendo por alguns, fugido da pátria pelas águas que até hoje nos banham e circundam. E de uma mãe, que tinha a ambição egoística e carola de torná-lo, um padre.
Com a morte da mãe, pôde enfim concretizar sua vontade e partir(sorrateiramente) para o Brasil.
Encontrou no país vizinho amores de moças.
E uma delas, patrícia do Sr.João, o capturou de vez.
E pôde enfim, constituir família, ter porto para a sua embarcação e descanso para sua cabeça.
Não teve muitas heranças, o Sr. João.
Filho de família abastada.
Fez da sua fuga, seta para o seu destino.
E com a morte do pai. Dono de terras.
Tido por todos, por algum tempo, como morto.
Nada em relevância material, herdou.
Mulher geniosa e de orgulho latino, teve o Sr.João.
Dona Arlinda.
E foi esta mulher, que esteve até os seus últimos dias.
Próxima também de uma de suas filhas.
Dona, Joarezina Bandeira(vulgo,Dona "Filhinha").
Minha avó.
Dona Joare...Filhinha, casou-se com o Seu José.
José da Rosa.
Meu avô.
Ou "Zé Maloca", como era conhecido em seus tempos de marinheiro.
Residiu por vários anos,em Tapes. Cidade donde escrevo, trabalho, vivo e resido.
Trabalhou na CEE, aonde subiu de cargo com o tempo.
E obteve aposentadoria, para o seu descanso.
Descanso, não eterno.
Por que não é essa, a visão que eu particularmente, tenho da existência humana.
Mas hoje, descansa em silêncio dos vivos.
Pode ser, que ainda hoje, eu lhe encontre.
Transformado em ruga,no rosto bondoso de minha querida mãe.
Mãe, que me criou, junto aos meus avós.
A mim e a minha irmã.
E hoje, minha mãe, ainda ajuda a criar a minha sobrinha.
Meu pai, é "aquele cara" de chapéu branco. Que aparece nos "seguidores" do blog.
Dele herdei, o talento para desenhar, escrever e filosofar(talvez).
De minha mãe, herdei os sentimentos mais sinceros.
Parece que escrevo isso, em tom de cobrança.
Ledo engano.
Tive da vida. O que dela busquei.
E em certeza absoluta:
"Quero mais!!!!"
Lembro,"quando conheci meu pai".
Eu devia ter uns oito anos.
Minha avó perguntou, se eu sabia dizer-lhe,quem era.
Disse eu:
"Se não for outra pessoa...
É meu pai!"
Filho de pais separados.
Ideólogo da vida, querendo agora pôr em prática o que imaginei.
Homem de feições bem marcadas.
Pretensioso e arrogante, humilde e batalhador.
Controverso.
Criativo expressionista dos nossos dias.
Filho do Seu Antônio Carlos(Tunico) e de Dona Sandra Virgínia.
Sr. Sannio da Rosa Cardoso.
Digitador frenético de caractéres.
Desenhista, escritor, poeta...
E momentaneamente(?), Agente Comunitário de Saúde.
Esse, sou eu!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

"Cacheada" (Sannio)

Bom lhe ver caminhar,pelas ruas deste chão,ainda de todo,para nós dois,desconhecido.
Bom lhe ver andar novamente ao meu lado.
Bom lhe ver,brigar com seus próprios cachos.
Bom ver os teus cachos!
Suas mãos ocupadas.A gesticular com o vento.A segurar a "menina anjo".
O peito a dividir atenções.
Os lábios à mexer,à contar,omitir,confessionar,sorrir.
A nomear.
Curtas passadas em um curto tempo.
A "menina anjo" à lhe amar sabiamente.
O "lobisomem",à lhe amar respeitosamente.
Unidos nos parcos minutos,que o tempo devora.
Vendo o vento,bagunçar teus cachos.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

"Novembro" (Sannio)

O peito em frangalhos
No vento que seca o rosto
No barulho das ondas largas
Nas areias finas e brancas
Nos sapatos calçados
No medo
E no bater de asas da gaivota
Pesque!
Traga-me algo,para curar essas chagas
Oh!Dor de mágoa!
Quando saras,só magoa
Na quase lagoa,alaga
O quê por fora,eu tento secar.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"Da Chuva" (Sannio)

Olho a chuva molhar a rua.
E rio da rima.
No rio que aparenta-se a lagoa.
Na vida tão boa,solitária,mesquinha e à toa.
Ouço uivos entre os corredores e sinto os pêlos crescendo na licantropia paranóica,lupina,noturna.
Lobisomem de araque,farseando,fraseando novas súplicas infantis.
E em controvérsia,me sinto tão maduro às vezes.
Tão velho.
Que talvez um dia,eu desapareça.

sábado, 6 de agosto de 2011

"Silêncio" (Sannio)

O meu amor é a minha melhor amiga
E eu quero mesmo que seja assim
Ela quer a mim
e mais um pouco
Eu sou amais
Eu sou ruim
Estrelas rasgam o céu,
a procura de equilíbrio
Por isso eu sou assim
Também o teu pior inimigo
Fica comigo
Que eu te preciso
E preciso de um ombro amigo
Pra chorar depois
Eu quero, eu vivo
Um palhaço triste e perdido
Um velho,um jovem
talvez só bons amigos
Platônico é o meu castigo
Então fica comigo
Que eu te preciso
e preciso tanto desse teu abrigo
Pra chorar depois
Pra chorar depois!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

"Porta" (Sannio)

Não espere de mim
O que você nunca me deu
Não espere piedade
Se nada lhe peço
E por favor, não me espere
Eu já fui!

terça-feira, 21 de junho de 2011

"Hey" (Sannio)

Pega a "ice", pelo pescoço baby
Rouba o calor que lhe trago
 e aumenta o volume do rádio,
que é "um som" dos Pixies
Trago entre os dedos outras concordâncias
Discordo das coerências, pra te trazer pra mais perto de mim
Até ontem, achei que você não existia
E hoje tenho a certeza que você possivelmente pertence a um mundo que eu já duvidando de tudo, convivi
Você me descreve, como se me conhecesse há muito tempo
E eu não me lembro de ter escrito você na minha história
Escrevo complicado, para que você procure no passado algum futuro pra nós dois
E assim tão fácil, virou o hábito do depois
Agora se faz tão presente
Essa vontade que cresce de gritar o seu nome
Se ao menos, eu o soubesse!


sexta-feira, 10 de junho de 2011

"O Imbecil Cinzento" (Sannio)

Quebrado o espelho
O que sobra do ego?
Cacos despedaçados
Memórias que assombram
Traições públicas
Recalques publicados
Cuidados hedonistas no formado das frases
Nas curvas dos escritos
Nos dedilhados sincronizados
No português sem criação
Copiado como a vida que perdeu
Sustado do suicídio indecoroso
Vivo para a própria vergonha
Arrastando-se no próprio escárnio
Juiz e testemunha
Nunca o réu
Nunca o culpado
Pretenso inocente
Persiste na auto adoração
E peca
Pela incompetência 
Pela pretensão imbecil
De achar que sopraram
Em sua frágil cabeça
Algum talento notável!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

"Chão" (Sannio)

Não quis café ao acordar.
Não quis esconder intenções.
Só tive medo.
Medo que finjo não possuir.
Medo de perder a inocência.
Medo de não ver mais o seu rosto.
Medo de caminhar sem a sua mão.
E de cair sem o teu chão.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

"Delirium" (Sannio)

Estou com a pressão alta(ponto). Tá...e daí?
"E o quê eu tenho a ver com isso"? Você deve estar pensando.
Bom, honestamente falando(teclando), você não tem nada a ver com isso.
Nem eu tenho nada a ver com o quê você faz da porcaria da sua vida.
Eu só devo estar com o saco cheio demais. Para não resmungar com ninguém.
E não é sempre que eu posso dizer(escrever), certas coisas.
Certas coisas deveriam permanecer em silêncio. Em segredo.
E quando a porra do silêncio é rompido, você tem um puta arrependimento depois.
Como aquela coisa de odiar gostar de quem você gosta.
E se você não passou ainda por isso.Você não deve ter nem passado pela puberdade. Portanto...vaza daqui e vai procurar alguma outra coisa para você ler, pirralho(a)!
Não que você esteja perdendo grande coisa.
É apenas um amontilhado de divagações melancólicas. Perturbadas pela sombra de um provável "doze de Junho", solitário.
E eu fico vendo o clip da "gatinha" da banda "Leela" cantando: "Delirium".
E durante os parcos minutos que se seguem. Meu mundo ganha um sorriso bizarro e uma noite de promessas renovadas.