quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

"Ruínas" (Sannio)

Não há nada mais triste do que um homem em ruínas.
Não...Não há!
A mulher pode reconstruir-se e ainda que não queira admitir(inclusive pra si mesma), sempre haverá alguém interessado. Mesmo que este alguém, ela repudie. Haverá alguém.
O homem comum, no entanto, despercebido de seus próprios encantos, parece contentar-se com o que a vida lhe oferece. E abocanha faminto o resto do prato mal lavado que o alcançam.
E assim ele segue, em patéticos tropeços emocionais e irascíveis tentativas de mostrar-se simpático.
Tal homem, quando destruído, olha para o fundo do copo de cerveja, tentando ali, achar alguma esperança espumante. Tolo! Desde a compra da sua cerveja transgênica brasileira, até o consumo da droga socialista do homem latino sul americano. Doente demais para perceber que está doente. Orgulhoso demais para mudar os seus velhos hábitos.
Logo sarará. Bom, os mais capacitados sararão. No Saara infantilmente versado de sua opulência, jaz oculta, masculina. Levantará a bunda do banco úmido de madeira e buscará uma nova conquista.
E por um tempo, encontrará felicidade.
Até invariavelmente, ser destruído de novo.