Chega de poesias em guardanapos
de desenhos em trapos
de atar os cadarços
e de me mostrares a rua
Chega das tuas
Minha
nossa
Faltou exclamação
Na tua nudez
Curta os desaforos
na rede
as fugas
da sede
Pontue
os intervalos no pretérito
Nas profecias incertas
Tens teus castanhos em minha pele
Anestesiando a minha mágoa
Danças descalças
Na noite despertas
Acende o fogo
e deitas sem sono
Se divide em fases
Te abres
Me abriga
Naturalmente gozamos
De lembranças futuras