segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

"Louvor A Pena" (Sannio)

Escrevi recentemente um texto intitulado: "Café Pós Sarau"
Um tanto hipócrita, venho agora e retifico
Este texto não presta algum outro serviço a não ser este:
Esclarecer
Não fiquei até o sarau rolar
Quando fui
Depois de muito me convidarem
Fiz o texto pra causar, o anterior, citado
Acho blog, um modelo antigo
velho, ultrapassado
Respeito os artistas
os sonhadores
Os que tentam
Acho válido
Pareço da internet, cansado
Talvez faça como Pedro
e vá comprar cigarros
Sou fraco pra charutos
Sou fraco diante os bravos
Cuspo as ideias nuas
Engulo o orgulho
Admiro
os corajosos de coração
os mártires dos pulmões
os psicóticos do fígado
os alquimistas da palavra lida
Esvoaçante,
pousando as têmporas

domingo, 23 de fevereiro de 2014

"Doutra Maneira Não Me Querias" (Sannio)

Não basta ser honesto, idôneo 
Tem que ser genial,
brilhante
Apolônio
Trincar, não só os dentes
O abdômen e o que sente
Aparente
 Aparenta
O rosto, às ventas
Gosto das que gostam da flexibilidade
que percebem que a idade
em nada certifica
Ainda cria,
não se limita
Larga o celular um pouco
Vazio
Artificial
Face
Zap
Book
Ouça o silêncio
Parece louco...
Anasalo o resmungo,
 inspiro
 arte
Artifício 
Patrício
do peito
Na esquerda,
direito
Republico
 o reverso




sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

"Desconecte-se" (Sannio)

Desconecte-se se não houver interesse financeiro
Infelizmente vivemos sobre o manto fascista do dinheiro
Desconecte-se se for só pra mostrar a sua bunda
Por que geralmente quem valoriza tanto isto,
costuma não cuidar "dela" tão bem
Desconecte-se se o intuito for ficar dando lições de moral nos outros
"Aham...Cláudia, senta lá!"
Te conheço de outros Carnavais...
Desconecte-se se for pra querer impor o seu pensamento
Cuide de seus filhos, eles só tem a você(s)
Desconecte-se se for pra bancar o machão garanhão
"Você com um revólver na mão é um bicho feroz (Feroz)
Sem ele anda rebolando até muda de voz (Isso aqui...Cá pra nós)"
Desconecte-se pra ver o Sol e a Lua
Desconecte-se pra viver a vida
E não apenas, teorizar sobre a mesma
Desconecte-se se quiser!
Não tô nem aí...A vida é sua
Não é recado, é opinião
Não dou a face, nem procuro explicação
Não sou contudo, um safado, pra chamar todo mundo de irmão
E viver de hipocrisia
Nem vivo a lamber a imagem, que já foi mais bela
Sofre agora a sua nostalgia
Viva a sua vida
Eu sei, que tantas vezes me omiti
Tenho um pé na melancolia
Desconecte-se...
E tenha um bom dia!







quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

"Café Pós Sarau" (Sannio)

Ouço às incoerências esperançosas, com graça
Com saudades que se faz na alma,
em silêncio,
com calma
Me perturba a explícita necessidade de aceitação humana
A vontade mundana mascarada
A profundidade entorpecida, a beira da calçada
Face turva, mostrar de penas, lamber às pernas
Só isto, ao fim do último gole
Ao fim do último golpe, é apenas isto, mais nada
Válida a experiência, o conhecer de novos rostos,
misturados aos antigos
Às belas jovens a surgirem
E os tolos a insistirem
"Estou aqui por conta da arte!"
Senhores, bem sabeis, o que no fundo queremos
Trepar instintivamente com as ninfas que surgem
E todo este papo, filosófico altruísta,
é só uma teia masculina e oportunista
Não sejamos hipócritas, estamos entre iguais
Aonde eu pisei não cheirava a flores
Tinha o mesmo cheiro...
E que se dane o dinheiro! 
Só não leve "a cocota" a um pulgueiro
Se for pra ser pedante, nem me responda
 Não me chame de machista,
narcisista, fascista, estúpido, equivocado 
Facilito, deixo fácil:
"Só, não me chame."
http://www.youtube.com/watch?v=H_DLXCvJL9g 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

"Rupturas, Desafetos, Delícias, Desejos" (Sannio)

Difícil não manifestar um vácuo emocional
Donde eu via um, deveriam haver dois
e mesmo assim, tive de achar normal
Há muitas vagas, pra pouco se fazer,
ou não se fazer quase nada
Pode-se tornar um pucha saco de batinas,
um bicheiro de esquinas
e ao me olhar nos olhos:
Não, não...Não me fascinas!
Fico pensando: "O que esta bixa velha quer comigo?"
Tentar aumentar a sua auto estima?
Difícil, se nem de onde defende é cria
E da boca escorre só bazófia de "verbologia"
Fina flor da vã filosofia(Aff!)
Fico pensando o que eu perdi
se foi a paciência, apenas
Ou o restante que eu tinha das boas maneiras
Não!...
Não hei de perder as penas
Voo com a classe que tenho,
não as que invento
Não sou contudo um pavão
Ainda da racionalidade, sou instrumento
Rompo com o lar, com o bar
Com tudo que me faça mal
E se me contradigo
é por ser humano,
Há de ser normal
Rompo com a mesmice
dos lugares que amo
Lugares?
Estranho, "falar" desse jeito
Estranho ter mais de um amor
ou locais preferidos
Cidades escolhidas
feito cigano que se muda
Feito medo da angústia
e dor de barriga
Dar a alma
Companhia preferida
Saudade do interior
Por diversas vezes, insisti
Não omito
Nem hei de omitir algum desagravo
Ou o que eu pessoalmente considere
que nos setores primordiais de "minha cidade"
Haja descaso
Se solteiro afeto, parece pequeno
Falta de esgotamento, asfaltamento
É por mim visto e igualmente deixado de lado
E a que lado defendo, além do meu?
Ah...não sei
De repente, vá ver, é o seu
Queria ter mais:
Empatia com outros seres humanos
Direitos democraticamente assistidos
Honrarias, fazendo algum sentido
A quem me ache irresponsável
Provavelmente a quem eu deva um copo d'água
Pra que tanto rancor e tanta mágoa?
"Desacoenda", destila, deságua 
Talvez casado ou com um bom calçado
Finalmente me faça louvável
Falando das capitais, capitais são todos os deleites
Os condenáveis,
os amorais
Sem paz,
"Sem pódio de chegada ou beijos de namorada"
Se trás
Se trai
Sem mais.
http://www.youtube.com/watch?v=vPAlphS6LtE 




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

"Não Há Nada de Novo A Não Ser que Tudo Tenha Mudado" (Sannio)

Tudo pode começar com uma negação
E mesmo que não comece
termina
Não fui eu quem inventou o jogo
Talvez desta vez, possa ser
mas não é sempre
que a culpa é minha
Você não conheceu todas as minhas vidas
não saberia dizer quantas vezes
eu realmente estive vivo
Quero saber de você
como uma música que ouço três ou quatro vezes
ininterruptas
Passam os meses e a vida nunca foi curta
É preciso ter fé
mas um pouco de bom senso
Nem todos são reconhecidos
alguns com pouco talento
E eu não quero ser rude
Mas talvez só assim
você me escute
Eu não vou terminar
o esboço que você fez
de mim
De uma vez

http://www.youtube.com/watch?v=QEvgINnOzVw




sábado, 8 de fevereiro de 2014

"Indiferença" (Sannio)

De um tempo pra cá, o crescimento de analistas políticos sem qualificação para tanto,
cresceu brutalmente 
Bom, depois do Google o número de "gênios" disparou
 Disparou não por acaso, com"suas metralhadoras cheias de mágoa": "São só uns caras"
Pouco me importa se a cara pinta, o chapéu serve, o que o vento trás, o que o outro verve
Redes sociais de cutuco, de indiretas
 Me servem às linhas retas, eu não sou Deus, nem da internet um atleta
Me consiste o aprendizado, o aprendido, o educado. Mesmo tolhido, eu não fui ceifado
Memes, tremes, pretensos "funk's que se funk's", gemes
A vida já não é mais como antes...E eu tento me adaptar
Conto comigo, tenho fé e ando, não sei subjugar
Nem fazer olhares por onde passem arestas, cinismo de quem não presta
 Me mostrar um sorriso, 
pois só a isto resta
E a face cerrada da ignorância, mesmo que a protuberância se de aos peitos
 Conquistou o que agora tem, por deitarem em outros leitos
Me ignorem, é o melhor que fazem
 Não sou um Coringa, nem um cheirador compulsivo de gazes 
Espionados por uma rede entrelaçada, ingleses interesses, aparecem aos poucos
Julgam que não sabemos(que não sei), que piada
Mentir demais é gota d'água, é barca furada, é mãe sem água, é palhaçada
Trote que nos obrigam, os comandantes
Nos forçam a caminhar, esquecidos nas paradas
Não somos audiência pra "playboyzada" 
Nem carregamos antenas, sentados a beira da estrada
Para eles, não somos ninguém...
Não somos nada!

http://www.youtube.com/watch?v=MqQq_ykY_j0

sábado, 1 de fevereiro de 2014

"Mentira!" (Sannio)

Eu sou apenas um fantasma que assombra os dias que se estinguem
Neste meio tempo, talvez algum regresso, ou outro começo surja
E eu me arrasto com a minha bermuda suja
por aquela rua escura
na noite que não termina, apenas muda
Que me traga paz
Eu quero o teu bem, demais
Vendo os espíritos calados
encostados em seus leitos 
ou nos mesmos e saudosos peitos 
Meu cansaço é assim
É descanso que não vem
É um olhar atravessado de alguém
que tem raiva de mim
Corta o pulso e te dispa 
Não é difícil, saber de ti
Pois estas aqui
E aqui dentro, eu sei
te sustendo e não me deixas dormir
Acendo a vela que trás
algum problema amais
Não vou cair, se te vai
Seu rosto de marfim 
Mentira!
Mentira! 
Me tira
E me corre da tua mesa
Não prometo dar-te atenção
E é tão difícil o meu não
que me parte o coração
de te ver em solidão
Mesmo assim eu quero ser
uma lembrança
Sobre eu
ou sobre você
Sem rima
E sem coerência, que tal?
Sem outra lei marcial
Da paranoia marginal
Eu sou a sombra
Eu sou o véu
Sou o estranho caminho
jogado do ninho
Cortado do céu