sábado, 28 de setembro de 2013

"Dick Um Estrangeiro - Vida Maluca" (Sannio)

Entra amigo no carro 00 e coloque o cinto que eu acelero e piso fundo.
"Nos verão" passar a curva do grande palco, o carro 1 não nos fará mais sombra. Já passamos pelo
Sr. Perfeição, próximos ao hotel, agora é só seguir o caminho engenhoso. Não te zangues
 se eu parar e der carona a alguma Penélope, tu bem conheces a minha natureza...
Vamos ter com o pessoal do carro assombrado e lavar pudicos a mesquinhez da nossa própria melancolia.
Laguna se te escrevo é por que te quero, se te olho é por que me enxergo, se te abandono é por que eu sou cego!

https://www.youtube.com/watch?v=8_N7AnbISIM

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

"João Um Brasileiro" (Sannio)

Reporto sem ter lá estado,
unido pela revolta de sequer ter lutado
Feito algum imbecil cinzento, sem pátria, identidade ou passado
Presidente torna carregado,
com as próprias botas, não às de algum soldado
Na bandeira que tens "d'outro" nome,
nas centenas de mártires caídos
que te prantearam
ou estiveram contigo
É fácil ver a ausência de "Z" em tua matriz
Na legalidade das minhas palavras 
Tal "João" de um yankee solo, canonizado pela elite
Verso trás , em prosas más, poemas faz, nem bem quiseram triste
Consisto no pensamento, no relacionamento com as esferas
Não trago do trago o óbvio, termino longe do ópio, distante e livre do ócio
E talvez assim, mais próximo das estrelas que tombaram do paraíso 

http://www.youtube.com/watch?v=a8bCZl7i3PQ 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

"Retrato" (Sannio)‏

Deixem-me sóbrio. Me abandonem.
Não me sigam e se puderem me esqueçam.
Eu não sou um exemplo. Eu sou apenas o fim. Sem nem mesmo um começo.
Basta de meninas embriagadas no portão. De fadas procurando pela sua varinha de condão.
Fartei-me do gim. Tragam-me agora às azeitonas. Às uvas, não os bagaços.
Chega de cadeiras de plástico, de mesas de plástico. Chega de isopores, chega de vapores
baratos. Chega de vagabundas, de bêbados, pilantras, estranhos, chatos.
"Que danem-se os poetas/ E os loucos desvairados/ Que rasgam os retratos pra esquecer"
(Tequila Baby - Velhas Fotos).
Parem de procurar em mim o lobo. Simplesmente parem.
Não serão meros demônios que hão de me dizer quem eu sou.

"Vagabundos de Tapes II - Sem Desfecho" (Sannio)

Cidade de Tapes, 2013.
Planeta Terra.
Há tanto tempo que eu não piso no mocó, ainda que eu saiba o caminho.
A prefeitura manda fechar as suas entradas para que não haja saída.
"Que os loucos se reúnam ao relento." - pensariam "eles", se realmente se importassem.
Não que isso possa impedi-los, nos impedir. Nunca pôde.
Talvez o maior prejudicado, seja um bêbado que por ali dormisse. Agora  por imposição do tempo e da loucura, anda para baixo e para cima pela cidade donde pisa no asfalto oportunamente distribuído.
Mocó que já ardeu em chamas, teu incendiário jaz em tuas lembranças.
Sorte dos que nele estiveram em seus áureos tempos.
Teatro de atores improvisados nele se ajuntavam. Tantos segredos, tantos pecados.
A figueira que próxima lhe faz sombra, mal conhece os seus crimes.
Sim, o mocó sempre foi marginal. Na descrição literal da palavra. Na sua significação mais perfeita:
"Vagabundo!"
Imundo, aos olhos de alguns: "detestável".
Isso diriam os pais dos jovens rebeldes. Sem saberem que os seus filhos encenavam os
seus primeiros passos para a vida, naquele "teatro mágico".
Me pego a coçar a barba rala e triste recordo: "O mocó é para os jovens." Que façam bom proveito, escarneçam da vida cotidiana, riam , toquem, barbarizem.
Espalhem e se possível plantem a semente.
Não são às pedras que o constituem que tornam o lugar mágico:
"São vocês!"

*Parte 2. Do texto:" Vagabundos de Tapes". Postado no blog "AGENTES DA L.O.U.C.A" em 15 de Maio de 2013.







sábado, 21 de setembro de 2013

"Amanhecer Sem Revanches" (Sannio)

Feliz por ver o teu sorriso
Sem mais, indeciso
Não esqueço, não faleço
Permaneço
Deixando a nostalgia
Noutra alegria
Sem mas
Melancolia
Contente, sem um dos dentes
Patente sem nome
Descarrego e busco paz
"Cesariano" defeito do homem
Dar valor a quem o consome
Sem mais

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

#

http://www.youtube.com/watch?v=RxsoOYPfNqY

http://www.youtube.com/watch?v=1tH90uj6tCs

http://www.youtube.com/watch?v=EIef03BZsxQ

"Cadeado" (Sannio)

Papo de cadeado não é comigo
Não solto, não prendo, nem julgo o amigo
Se vi e falei, foi da boca pra fora
E talvez hoje, me pegue me arrependendo agora
Tardio, percebes a mão anarquista
Da boêmia me despeço e peço que não insistas
Meu plano escrevo alfabético
Com a mão de um artista
Autista folha que nela esporra
Toda a crença de um fascista
É apenas uma opinião, eu concordo
Nem percebo se há ou não maldade niilista
Talvez apenas um convite
E o meu: "Não!"- como resposta
Nem me define, tampouco me limita
Assim fica fácil ter coragem
Quando se é distante e o próprio nome
Pouco cita

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

"D Lá" (Sannio)

Por onde anda você querida?
Que invadiu a minha vida com um sorriso
Que não me fez promessas, nem eu as preciso
Que fugiu dos avisos
Que me deixou na chuva
Por onde anda a sua blusa
cheia de desenhos infantis
Por onde anda você, que um dia eu já quis?
Onde está o seu brilho expontâneo
Se agora eu me engano, me perdoe
Sou só um punhado de embaraços
Você mais do que cachos
Antes escrevia os sentimentos
Agora parece se esconder ressentida
Cadê o meu desenho?
Por onde anda, a sua vida?
Nem mais te reconheço
A maquiagem nubla a vista
O que me convidou, me repulsa
Sua timidez, suas curvas
Eu durante muito tempo andei errado
Apostei e perdi demais
Mas assim como cantam os pássaros
Estou pronto para voar de novo
Majestoso, tal os cardeais
Afasto outra vez o copo
Se hoje te vejo de binóculo
Foi culpa minha
E por mais cafona que possa parecer, admito
 Dentre todas as borboletas, tu bem sabes
Sempre fostes tu, a rainha

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

"Sono" (Sannio)

Enevoada saia a crítica a contra gosto
Nem era Agosto e até parece que foi ontem
Vê a menina, leva
Trás consigo alfazema
Corre o portão, treva
Amém! Bem melhor que desgosto
Disposto, desposo, remorso
Descaso, não caso, caso
O vaso cai e se quebra
Teve a pia a dor da vértebra
A dor incerta
Meta, métrica
Nela e transporta
Desgosta
Tem medo
Do rio, da lagoa, do açúde
O mar que lhe acude
E cuide
Dos seus rompantes repentinos
Serpente sem sino, chocalho
Carvalho! Me esqueço
Nem desço, leio o jornal daqui mesmo

domingo, 8 de setembro de 2013

"Só Manifesto o Direito de Pensar" (Sannio)

Seca o corpo da chuva lavado
No chuveiro a dúvida
Os olhos secos do vento, fervo
E o povo iludido
Seca abatido a luta que não é sua
Usado qual gado à rua
Nua prece me aquece a alma
Calma doce inócua
Existe bondade na inexistência?
Maldita carência que trás saudade
Açoita a esquerda o seu marxismo
Ajoelha ao calvinismo
A direita fumaça a curva
Genocídio elitista
Militarismo de revista
Terrorismo inventado
O patrão do baseado
Sem cultura, sem passado
O mundo não melhora
Com nova ordem nenhuma
Ledo egoísmo, nem direita, nem comuna
O ser humano tem a sua sina
Os poderosos a cocaína
E o povo tem a cachaça
Conduzido feito massa



terça-feira, 3 de setembro de 2013

Religião

 https://www.youtube.com/watch?v=cKJBv37OpMI

http://www.youtube.com/watch?v=OQKEGs3mlpc

 https://www.youtube.com/watch?v=vuv-KHmoDjk

 http://www.youtube.com/watch?v=ZnBeGI5S7pk

https://www.youtube.com/watch?v=gKYuxSxr8X8



domingo, 1 de setembro de 2013

"Antes de Dormir" (Sannio)

Liberto das correntes
Vejo de novo o teu rosto
Longe da caverna, sem ecos, nem mitos
Sem musas, mesas, litros
Deita
Basta você