domingo, 26 de maio de 2013

"O Fim" (Sannio)

A vida não foi feita de adeus.
A vida foi feita de "até logos".
Alongar-me sobre, só provaria a minha arrogância.
Tentar explicar ou embutir dados, desnudaria a minha petulância.
E acabaria por fim, atingindo fatalmente a minha ignorância.
Breve adeus, pois nunca houve adeus de verdade.
E para a carne, nunca é bem possível.
Até logo, apenas.
Pois nos veremos.
Você querendo ou não.




terça-feira, 14 de maio de 2013

"Greenbird" (Sannio)

Deixa eu andar pelas ruas da minha cidade em paz e não precisar de pás, para juntar a sujeira que se espalhou.
Deixa eu pisar no cocô e achar que é sorte, dos cachorros que se multiplicam, quando a solução dada e oferecida, não pode ser, só a morte. Juntamente, os cavalos que puxam as carroças. Quando na verdade são os burros que pagam, também por cada buraco e cada poça. E talvez se é que possa ironia parecer, mas não há motivo nenhum para troça.
Deixa eu chamar de lago, o que não é lagoa, laguna, para algum atoa aproveitar numa boa, o tempo de descanso.
Na pouca areia(em proporção), que restou. A carroça puxada por cavalos, paga pelos burros e orquestradas pelos porcos e gatunos furtarem o que sobrou.
Deixa eu pintar de verde a laguna, para disfarçar a cor escarlata do veneno, que me banho desde pequeno e que até hoje, pouco mudou.
Deixa eu avisar aos trabalhadores e operários que não é do interesse maior "deles" os defenderem.
Por que agora, com as suas promessas vexatórias, não foi uma chance de emprego que se apresentou, apenas o pus desta ferida aberta que se espalhou.
Deixa eu contar, que a saúde, que é bem primordial, apenas sente o mal e não o cura.
Por que o lixo, também junto ao lixo comum é despachado. E nos corredores empurrados sem dó e nem poderia. Há tempo organizar a bagunça, para o momento da fotografia.
Deixa eu contar que em seu solo envelhece, o mesmo ladrão e traficante que se conhece.
Por que os responsáveis míopes e caolhos, preferem comer do bolo da discrepância, ao dizer que agora se tem mais segurança.
Com a sua farta militância dos algozes de seus interesses.
E com isto, pretendem fazer de tolos, aqueles que ajudam a pagar a conta noturna de seus namoros.
Deixa eu contar, que até no balneário, que é tão bonito, e que se me sirvo dessa terra, também dele sou usuário. Pobre desolado, pois ao menos em uma vila, não dispõe esgoto sanitário.
Fico perplexo, com a influência política em várias vidas e pelas suas escolhas incoerentes, donde um responsável "por uma saúde", não é médico, quiça doente. Beija o rosto de quem engana e em suas asas a verdadeira benção é dada a um parente.
Texto ficcional e resumido, quisera fazer florido, de tantas cores aos esquecidos. Pois eu não sou vermelho, azul, verde, ou diferente. Eu sou, o que os comandantes desta terra de fábulas esqueceram: 
Eu sou gente!