segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

"Não Direi Mais Nada" (Sannio)

Tenho um segredo pra você
E espero que leia um dia
Eu quis ditar, eu sei...
Andava pela rua
E sempre a de baixo
De volta da festa
Mijava na sua parede
Lá dentro ouvia gritos
E eu queria ajudar, de algum jeito
Eu nem sabia, ainda
que você morava ali
O andar aqui tão bêbado
O rir da elite falsa
Estão todos quebrados
Com medo que alguém
vá descobrir
Voltava aquela rua
E as discussões que se seguiam
Ouvia uma criança chorar
 "Tudo bem, eu estou aqui!"
Ainda não sabia...
Mas me entristecia e a sobriedade não demorava
a  de novo fingir
Então um belo dia
Eu conheci aquela menina
Lia envolvida, colorida e não parecia margarida
Tão cacheado, eu sei...
Você estava ali
Quisera não ter ouvido
que me achava um velho
Quisera ter esquecido do teu chorar antigo
E que eu me fiz amigo
Pra você dispor
Suas estúpidas companhias
Acham que eu me acho
Meu bem, eu não...
Não era por mim que eu procurava
Hoje, não passo mais
na sua velha calçada
Ninguém tem culpa disso
E eu não direi, mais nada
Eu não direi mais nada
Eu sinto muito,
meu bem,
que isso seja adeus!



sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

"S" (Sannio)

Segue, soldado, solícito, serve
Suga, seu sonho, sonhado
Sacia, saudade semântica
Sexta, santa, some
Simples, sossega, suando
Seco, surpreende, sinfônico
Sônico, surdo, suspira
Sentido sumido, supre
Selvagem, sulista, salta
Sozinho, solado, sangra 

terça-feira, 25 de novembro de 2014

"Ratos" (Sannio)





Seus casos não eram mais os ocasos beirados
As escondidas dos corpos dormentes
A fumaça tal qual a serpente
A ondular as notas do som da água
Praia a beijar os seus pés 
Os calos e as cavalgadas na memória
Na torrente irmã do caminho
Não fantasia mais na ilha
Só às vezes
E as outras vezes
Lembrava do farol
Da vela
Do luto
Lembrava da luz
E de um deus esquecido na parede do mocó
Os cacos de telhas quebradas pelos ratos
Os mendigos e os parcos, poucos e pardos
que dormiam em seu telhado
Antes de queimar 

sábado, 22 de novembro de 2014

"Rezuza" (Sannio)

São só reminiscências 
Não há fatos novos
pra contar
Nem tênis de marca
 pra deixar
Eu que não odeio a esquerda
Pois é pra lá
que eu desvio a seta
E eu não sou alpha
Eu não sou nem ao menos betha
A gente tenta de novo
Dessa vez 
A gente acerta
São em fragmentos às minhas confissões
Vocês não tem condições de entender
Pois vocês são só vocês
E eu é que tenho
 que saber
Mas que papo esquizoide
Então: vê se não fode
Não estrague a última dança
Pisando nos meus pés
Pois a lei da vida
Sempre foi 
a lei do revez
Saudades da inocência
Saudades da minha querência
Saudades da hortência 
E da flor
Que já me teve amor
E não é pra fugir do castigo
Não é pra fugir do perigo
É só pra me mostrar: 
"de besta"
"de besta"
"de besta"


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

"Saída" (Sannio)

Saio de mim
Em uma música
Saia de mim a ausência
Serve uma taça de bem
E um gole de mal
Sai de ti
Uma dúvida
Acredita sem ver
Numa lança
Volta cansado
Sem bem
Nem bem
saiu

sábado, 18 de outubro de 2014

"Sem Título" (Sannio)

Vi de longe, nem cumprimentei
Já faz tanto tempo, eu sei
Andei por aí, sem mais dó 
E quando passas, acompanhada
Finjo que não sei nada 
E até troco de calçada 
Porque sem você, sou bem melhor
Rio, da tua velha conversa
Do teu jeito, sempre com pressa
"Vou ali, mais vou voltar"
E quando repetes as tuas desculpas
Até penso que é surda
Quando digo:"Me deixe em paz"
Siga, com as tuas mesmas mentiras
Espalhadas, junto da vila
Quem te vê, só vê em par 
Pena, 
que já não és mais tão pequena
E ainda que tenhas idade
Nunca soube
 madurar

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

"Marina" (Sannio)

Despertou na cama com o corpo ensopado de suor, nos lençóis também ensopados.Tocou o rosto com a ponta dos dedos. Como se tivesse medo de desmoronar ao toque, de sumir na superfície. Lambeu os próprios lábios. Olhou para o teto e seu espelho, seu reflexo e o seu corpo. Fixou o olhar em seu rosto. E viu-se só. Não tão bela imagem, não tão difícil a vida. Não tão só o quarto. Não tão velho o rosto. Desceu ao pescoço, vislumbrou o corpo. Corpo que agora se ergue da cama. Vida que a espera atrás da porta. Vida que é melhor agora. Agora que está consigo. Com a vida, nem sempre se sente em cumplicidade. Com ela mesma, nem sempre se sente plena, nem sempre se sente só, nem sempre dá importância. 
O que importa?
Se a cama às vezes é o seu oceano. 

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

"Celulose" (Sannio)



Queria o teu olhar desfocado
Em vez de só indiferença e cigarros
E o teu interior amargo,
me fez pensar em algo
Nessa trágica quietude
Que assombra o meu fim
Na magica angústia
De não ter você pra mim
Positivamente ou nem um pouco
Não quis mostrar possessividade
Mas você é tão distante
E moramos na mesma cidade
Caminhamos feito errantes
Sombria e esfumaçado
Que talvez um dia
eu caminhe
Do teu lado




quinta-feira, 31 de julho de 2014

"Hollywood" (Sannio)




Não vejo demérito na sinceridade
Ainda que a sinastria angustie o futuro
Meus astros são melhores que
Hollywood
Que enrole um
"Não é preciso ser alguém
Pra ser feliz!"
Foi o que eu ouvi
Mais de uma vez
"Só sei voar, meu bem!"
E não precisa se preocupar
Se estou bem
Se eu estou
É  porque vou indo
Eu sei
Que podia ser bem pior
Mas com isso: O tempo
Eu não sou a fraqueza de um homem
Eu sou todo fraqueza

terça-feira, 29 de julho de 2014

"Glue" (Sannio)

Parece que quando leio as suas postagens
Não entendo pra quem é o recado
Se é necessário o desabafo
Ou proporcional o desacato
Queria colar com cola de sapateiro
Todos os momentos que tivemos
E inalaria o resto
Enquanto me recuperava dos mesmos
Passou tempo demais
E continuo não entendendo
Uma vírgula do que diz
Mais confuso que o presidente
que casou com um traveco
 E colou manifestos
de outros dois mandatos
Com a porra de seu terrorismo de mercado
É como uma onda de cola
Um barato repulsivo
Que um dia eu fiz uso a beira de uma sanga qualquer
Em uma tarde vadia
Não vi você
Não conhecia você
E ainda não conheço


terça-feira, 15 de julho de 2014

Liberdade em V (Sannio)

Letárgico 
Litúrgico 
Lesa 
Lerda
Alma
Dálmata
Pintada
Rímel
Vela
Velo
Veludo
Vértebra  
Verve
Violão
Vulva
Vertigem
Vermelhidão 

domingo, 22 de junho de 2014

"Transparências" (Sannio)


Já descobri há muito tempo que a minha sinceridade é mal educada
Minha honestidade é rude
Portanto, melhor aceita
Já estamos todos acostumados a rudezas, as ruindades, as banalidades
Porque estamos todos sujeitos
Não dá para ser brilhante o tempo todo
Aliás
É bem mais fácil
e comum
Ser de vez em quando: Reluzente
E sendo assim, também fugaz
Rápido
Em toda arte é por aquele brilho inconstante
que buscamos
que cobiçamos
que rumamos
E invariavelmente, vez ou outra
Encontramos
Não é sempre
Nem sabido quando vem
Feito amor
Tem de ser verdadeiro
Para ser admirado
Enquanto navegamos na mediocridade das paixões
Somos apenas fantoches inadvertidos
Da condição humana e logicamente: Limitada
É bom conhecer o chão por onde pisamos
Para quando chegar a inevitável hora de liricamente
pousarmos
Não sermos vítimas
Das próprias ilusões


quarta-feira, 11 de junho de 2014

"Véspera" (Sannio)

Não é véspera de nada
Não há uma data
Não há ninguém
Não há agradecimentos
ou condolências
Não há desculpas
Não há mais nada

segunda-feira, 9 de junho de 2014

"Sombrio Afeto" (Sannio)


Tento em passos lentos desviar da dúvida
Mas o pensamento perene
Tem um tom de angústia
Tem um dom de lástima
De praga
A Fátima não tem o segredo do meu amor
Enquanto os teus olhos sinceros
Olham as mascaras 
Nas marcas
De que tiveste horror
Tatua no teu corpo
Memórias
Historias 
Flagelos
do teu rancor
Repito nas conquistas sórdidas
Apostas
Na certeza de que um dia funcionou
E confesso a mim mesmo 
no chuveiro
Um resquício do que não vivemos
Destroçado em espírito
Sem um filho
O meu próprio Senhor












sábado, 7 de junho de 2014

"Resíduo" (Felipe Mutley)

 

Resíduo, variação da equação, negação da verdade
Uma cobaia no sentido usual
Penso, logo existo, não é uma premissa correta
Mas: Penso, logo meu pensamento existe
Levando-se em conta que não se pode separar o eu do pensamento
Mas a ideia, também não deve ser considerada algo real
Se aceitarmos que só existe a ação
Entende-se que o ato de pensar, vem antes do pensamento
Mas acredito que pensamento e ilusão, não são muito diferenciáveis
Isso teoricamente, porque diferenciamos sonho de realidade
Poderíamos nós, sermos a fantasia dalgum pensamento?

* Felipe Mutley: contribuinte.







quinta-feira, 5 de junho de 2014

"Rosário" (Sannio)

E com meus olhos dispersos
Nas tuas orações eu estive
Sem dó do teu verso
Tão egoísta e indolente
Sem prestar conta
A quem se condói
E requer por carinho
Sem saber do caminho
Atravessei o meio fio
E agora gemo
Do extremo vazio
Que reclama essa gente
A vida sem apreço
Que eu busquei com meu pés
Foi só o revez 
De tal alma ingrata
Achando teus conselhos
Coisas de chata
Perdendo os meus dias
Com coisas baratas
Fui fútil e infantil
Um pobre vadio
Das coisas incertas
E é no lamento que eu pranto
Tudo que é santo
Com o coração dolorido
De portas abertas
Ave nostálgica
Nobre canário
Que canta a janela
Se teu canto
Tivesse a minha voz
Riria de nós
Que dispensamos a liberdade
Que morremos orgulhosos
Feridos e desgostosos
Cantando
 saudades




segunda-feira, 2 de junho de 2014

"Se Essa Rua Fosse Minha" (Mário Lago & Roberto Martins)

             


        Se essa rua
        Se essa rua fosse minha
       Eu mandava
       Eu mandava ladrilhar
       Com pedrinhas
       Com pedrinhas de brilhante
       Só pra ver meu bem passar
    
       Nessa rua
      Nessa rua tem um bosque
      Que se chama
      Que se chama solidão
      Dentro dele
      Dentro dele mora um anjo
      Que roubou
      Que roubou meu coração
     
      Se eu roubei
      Se eu roubei teu coração
     Tu roubaste
     Tu roubaste o meu também
     Se eu roubei
     Se eu roubei teu coração
     Foi porque
     Só porque te quero bem
     

segunda-feira, 19 de maio de 2014

"Incitável" (Sannio)

Entretenha a mente
Longe das câmeras
Sufoca na câmara
a sua vontade primária
Anseia
Não há muito a ser dito
Já falo bastante
 E o bastante
Escrevo coisas que ninguém lê
Leio coisas com a curiosidade 
de quem se importa
Mas no fundo
Sinceramente
bem lá 
no fundo
Não
Visado o ponto
Longe do horizonte
vagueio
Em breve
sonho
Na realidade obstante
Inquieto
alcanço
Ainda não
Tão logo
chego



sexta-feira, 16 de maio de 2014

"Estúpida Dignidade" (Sannio)

Dope-me com seu ultraje vergonhoso
Chupe a manga ainda verde
Deixe de lado
O seu livro de rosto
Não existe galera
Ou interesse
Trocaram-se os barcos
Que conquista existe agora?
Casada...
Não me faça rir
Mostre os peitos
Melhor sucesso
Pernas roliças
Não queira uma boa aparência
Me dê a mão
Cale essa boca
Não há nada que você possa me dar
que eu já não tenha ganho
Tantos nãos
Só te digo não
Você não diz nada
Nunca soube
Dizer um bom não




domingo, 4 de maio de 2014

"Ao Mestre Com Carinho" (Sannio)

Por que eu escrevo?
Para aliviar os meus pensamentos, é claro
Clara a intenção
Não os meus pensamentos
Porque me afasto das pessoas
Como fuja das injeções
Me fazem bem...
Mas só consigo lembrar da dor
Escrevo aqui
Porque tenho o meu livro pra escrever
E todos estes pensamentos
que para vocês, parecem desconexos
Não caberiam nele
No livro
Que se arrasta
Apenas uma ideia e poucas páginas
Conheci um professor
Professor da vida, dentre tantos mestres do carinho
Escreveu o seu livro
E veio a falecer
pouco depois
Tive outro professor
E seu livro póstumo
Me encheu de orgulho
Geniais poetas
Satisfeito fico, de tê-los conhecido
Houve outro professor
que injuriado
Intentou ligar o ventilador
E espalhar todo o seu escárnio
Talvez, aqui, de todos
o mais inocente
Não sabia, ele
que estas mentes indolentes
São cúmplices caladas
De tantas cafajestadas 
que ocorreram(ocorrem) na minha Tapes
No interior
No interior,
somos poucos
Os sonhadores
O resto, mesmo que agora
 Me aproprie da soberba
São meras ovelhas
Sem um pastor
Morreriam todas,
afogadas na laguna

sábado, 3 de maio de 2014

"Pixies, Pins, Por Mim" (Sannio)

Você não consegue "understand"
Tudo aquilo que eu repito em meses
Já não faço amor
como um beija flor
Me basta os seus fios loiros sobre mim
Fazendo parte da minha fantasia
Sei que estaremos juntos
novamente
algum dia
Não vou supor o que não vivi
O isopor ainda está aqui
E permaneço
tão sóbrio
Tão nobre
Tal qual um bem te vi
Melhoro o meu inglês
A cada dia
Vai ter Copa!
Eu sou um Português
nessa hora
Então vem , vamos embora
Eu não quero mais

rir
Hey, menina
Aonde estão os seus lábios?
Quase perdi
os meus cadarços
De tanto correr atrás de ti
Hey, pequena
Quero que você 
saiba
Que um cineminha
não é nada
Se eu não caio na calçado
E eu quero viver
um pouco
assim

terça-feira, 29 de abril de 2014

"FINE" (Sannio)

Todos possuem os seus dramas íntimos
Suas drogas de vida
Lícitas ou ilícitas
Para o equilíbrio ou para o completo oposto
Os melancólicos erguem os copos
Lembram das perdas
Lembram dos corpos
Os lascivos
Caçam em frenesi
Para anestesiar o corpo
Com outros moribundos da alma
E todos nos encontramos
ombro a ombro
Por ruas infestadas de pessoas
As carruagens de ferro transitam
com seus vermes a dirigir
A parasitar
Espalham-se os resfriados
nos espirros cuspidos
Quando dormes
Descansas
Atravessa a realidade imposta
Sonha
Ao acordar, percebe o abandono
Todos eles, invadindo os seus poros
O homem a se tornar barata
Sem asas
Dependendo sempre do outro
Coletivo
Para o uso
E de tanto usado
De vez
Se retira
Sem pólvora
Sem notas
Invisível 


segunda-feira, 28 de abril de 2014

"Perdas E Enganos" (Sannio)

Perdi os meus óculos
Há onze anos atrás
Desde lá, enxergo sem lentes
Não há filtro, ou sublimação
É o bruto
Sou bruto às vezes
Às vezes, por judiação
Com o tempo
Você conhece, os quatro sofrimentos budistas
Nascimento, doença, envelhecimento e morte
E você aprende a perder
Perder tempo, saúde, beleza, pessoas
"Pessoas", no plural
Um dia, você irá partir
E você verá, outros partirem, antes de você
Essa é a vida
Sofrimento
Você não é tão importante, afinal
Afinal, por que viemos?
Cada um, com o seu motivo
E quando a sua motivação é dinheiro
Alguns, lembram da humanidade
A humanidade, é o sem teto
Desviado, pelos seus passos rápidos
Rapidamente
Você também estará deitado
Em um piso gelado
E desconsolador
Aproveite o tempo
A ampulheta está contando
Tenha a sua meta
E de vez em quando
Saiba, também
Mandar: O mundo a merda
O mundo não é perfeito
Ninguém é
Eternidade é ser lembrado
E é bom, saber isto
"Isso"
Não estamos, assim
Tão distantes

http://www.youtube.com/watch?v=TPKfefdto-8 


sábado, 26 de abril de 2014

Sem Título (Sannio)

Tenho um certo "problema"
Não sei ser subjugado
Não aceito às respostas ditas óbvias
ditadas pelos outros
Não saberia lamber às botas de alguém
Ou abanar o rabo
E é por isto que estou nesta condição: 
Humana
Ouço os ecos dos idiotas
 a repetirem os vaidosos
Não acho isto ruim
Acho péssimo, mesmo
Parece arrogância
Talvez seja
Mas, para tentar me comandar
Tem de possuir controle
E este
Sempre esteve
nas minhas mãos

terça-feira, 22 de abril de 2014

"Red Bull & Guaraná" (Sannio)

Há algo estranho na sobriedade
Você percebe às linhas do seu rosto
com uma maior atenção
E mesmo o seu provocar de risos 
Já não trás tanta graça
A vida segue
E mesmo assim, você se embaraça
Se esquece
E a quem bem merece, 
se aproxima
Troca a rima
Em vez dos passos
Troca a sina
Em vez do laços
Um dia eu aprendo
a dar o nó na gravata
A ser mais gentil
Com quem me dá carinho
A independer o meu peito
a ser tão sozinho
Sim...
O mundo é um moinho!
E é por bem 
que torno o meu discurso enfático
Já não mais,
tão dramático
Meu foco agora é outro
São os outros
E não sou mais eu
Bom, talvez

mais um pouco
É difícil ficar de lado
Esgueirando-se a nulidade
Tenho identidade
E ainda que renovada
A vida é minha
Do resto
Eu não sei,
 mais nada








quinta-feira, 17 de abril de 2014

"Aqui!" (Sannio)

Tudo parece estar indo bem
Só faltou você
E sem você
aqui
Tenho ganas
de sumir
Sem você 
dói 
tanto
existir
E porque chorar?
Ou mesmo sorrir?
Pra onde ir,
sem ser feliz?

Ao menos um
 de nós dois
precisa saber
que eu não sei dizer
o que eu quero 
e o porque
E se me calo
É sem querer 
Tenho medo
de esquecer
sem você
Saber
viver

E não me importa
todos os acenos
São tão pequenos
E todas as rosas no portão
Com você
elas são distantes 
e permanecem no chão
Mesmo agora
Sem o seu abrigo
Eu apenas digo:
 Não!

Finalmente eu encontrei 
o meu lugar
E eu sou alguém
quando me fazes par
Se não cito o seu nome
É pra não te expor
E assim eu não me vou
Até ouvir você dizer:
"Basta!
Eu não quero mais saber
de você aqui
Pobre infeliz
E não me importa 
se foi difícil pra você dormir
Sem mim aí
E sem você 
aqui
Sem você 
aqui
Sem você aqui
Aqui!"









quarta-feira, 16 de abril de 2014

"John and Paul" (Sannio)

Talvez não houvesse, realmente, uma necessidade do texto
Atesto, que depende muito do contesto
Aplicado
Mesmo agora, no presente
Já esquecido o ausente
Torne, de vez a passado
Como um homem esforçado, que vez ou outra
Perde um, ou dois trocados
Por um bocado de sua referenda atenção
Traço este bilhete
Embora, não o aceite
Ou o veja, com certo deleite
Já, agora, com os nervos em dia
A quem passe pelo Sr.
E mesmo hoje,
receba um: "Bom dia!"
Voltando às linhas que traço
Pretendo não lhe causar, grande embaraço
Como já disse, lá no começo
Depende muito do contesto
Preciso espremer,
feito espinha
Antes que torne a tubérculo
Brinco com as palavras,
troco o sentido
Leia apenas, eu observo
Estranho o seu sentimento
Toda agonia que elimina
Ganha prosa brusca
Complementada com vagina
É quase infantil
o seu desespero em abandono
Sua busca de atenção
Agora escrita, em forma imperativa
Lembra-me  uma senhora, de poesia barata
A qual, muito me aborrece
Com as suas leis explicativas
Tardiamente percebo, que ganha herdeiros
E o nome, da referida jornalista
Por ventura, oculta
Rima, perfeitamente, com "dinheiros"
Estranho, que com a minha pessoa se indigne
Por conta, dos erros dos outros
Para que não haja, dívida entre nós
Cá está, o seu troco
Talvez, afastar-se, faça-se, fácil
E eu, de pronto, concordo
Mas não se preocupe
Dos seus segredos, pouco recordo
Só escrevi isto,
para que lembre
O quanto eu sou astuto
E o tanto,
que o Sr., 
comigo,
foi injusto


segunda-feira, 31 de março de 2014

"Todas As Outras Coisas Sobre Mim" (Sannio)

Eu prefiro esconder quem eu realmente sou
Este homem é muito inocente!
Acredita que honestidade, basta para sermos felizes
Pobre coitado!
Já nem cai mais do cavalo
Aliás, nunca soube cavalgar
Vem tropego, chega a dar angústia de se ver
Resolve molhar o pensamento
E é aí, que eu apareço!
E lhe jogo na cara, todos os seus patéticos feitos
Todo o meu escárnio de sua covardia escandalosa
Quebro o espelho
Chuto pra longe os cacos de seu fiasco
E me ponho a rua
Nada como o ar puro fedido a cigarro amassado do bolso
Bebo mesmo, xingo mesmo, inflo o peito
Mas não gasto da prosa, pra me fazer de perfeito
É mais fácil mostrar o diploma entre os quartos
Do que dar-me ao discurso barato
Farto, cumprimento mesmo assim
Até o mendigo que cheira a pinga ruim
Peço meia hora de cerveja
Como um nobre vagabundo
Torno a ser eu mesmo
Fazendo girar o meu mundo
E seguindo faceiro
Não troco o que conquisto
Por um punhado de dinheiro
E se me quiseres
Tem de ser assim
Quase dois de tão hiperativo
Generoso, mas cheio de defeitos
Por uma prenda me ajeito
Limpo o pala 
Fico direito
Pois na esquerda bate o peito
E pra tudo que for verdadeiro
Não questiono
Não discordo
De bem...
Eu aceito!







sábado, 22 de março de 2014

"Crimeia" (Sannio)

Corro da mão que se estende
e aponta a rua
Já conheço o caminho
Ando pela calçada que escolho
Sigo no levar dos meus sonhos
Independo, dependo, norteio
Vou do sul ao meio
De uma ponta a outra
Do lábio a chama
Da brasa a alma
Das cinzas a seda virgem
Leve, voo pelo ar marinho
Vejo o cão correr o gato
E rio sozinho
Deixo passos por terras esquisitas
Donde até a mulher feia, é mulher bonita
Sigo Vadinho, vadio, vigio
Flerto
Presto
Descubro outro horizonte
Subo a pedra
Vejo os montes
Ouço o poeta bêbado
Embebedo o lirismo folclórico
Em melancolia, torno ao bucólico
Rumino
Me mimo
Aprendo
Pouco ensino
E vivo
Vivo
Vivo!


terça-feira, 18 de março de 2014

De Certo (Sannio)

De certo, eu não sei
De onde sou?
Pra onde vou?
O que eu pensei
De certo, eu já sei
Se tive amor
Se há calor
O que eu falei
Métrica fábula
Ancas largas
Gosto das sábias
Da lábia
Trajeto
De certo
Ainda posso te salvar das angústias
Assim que eu me curar das minhas
Eu estive por você
E parti
Quando partistes
Era lindo
Fiquei triste
De certo, me odeias
Não devias
Por que sem nem Deus por perto
Era eu que aportuguesava 
Tal Lisboa
Às promessas d'outros dias 
De certo, pensas que te fiz de tola
Basta lembrar de meu pranto
E repensar
O que quiseres
A opinião que de certo, te calunia
É distante e fria
E pra ti, trago o peito aberto
De certo, esquecestes
É...
Vai ver
De certo
https://www.youtube.com/watch?v=BaoxTAgOcz0 



terça-feira, 11 de março de 2014

"Mãos" (Sannio)

Mãos que seguram outras
que abrem ostras
que quebram
Mãos que abrem portas
Mortas, cerram o peito
Mãos que com as quais eu falo
Cerro o murro no móvel
Enquanto imóvel, apenas aguardo
Se guardo e não falo
Estendo ao toque
Fios enlaçados, do laço que faço, desato outros nós 
Nós...
Apenas gêmeas
Uma acaricia, a outra espreme
Esconde os olhos, os lábios, os ouvidos
Abraça, estende os braços
Um rosto em tuas palmas
Almas
Em linhas brancas
De encontro aos céus
Segurando
Sem te perder
no silêncio 


segunda-feira, 3 de março de 2014

P.S (Sannio)

Só fez vê-la 
E o seu rosto exprimido no travesseiro 
A boca imersa em sonhos molhados
Magoado todo o peito amargo
Mexe o fundo a xícara
Antigo e de pouco açúcar
E as suas pernas espalhadas
que em meu peito trás angustia
O lábio inferior como a procurar um navio
O superior a empinar alguma pipa
E a minha boca aberta, desperta, imita
Dos olhos, um singelo acompanhar
Mas não te podes bailar
Se dormes tranquila
Nem ousas voar
Segura as anilhas 
O sol violenta o quarto
A colher toca as paredes
Seca a garganta, ópio
Late o cão
Volta a sede
Acordas
E tudo em volta se ilumina
Como dói 
Te ver agora apenas
em distante memória
"Senhor Sol
Me dê de volta Virgínia"

http://www.youtube.com/watch?v=fcr2NBBH2k4 


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

"Louvor A Pena" (Sannio)

Escrevi recentemente um texto intitulado: "Café Pós Sarau"
Um tanto hipócrita, venho agora e retifico
Este texto não presta algum outro serviço a não ser este:
Esclarecer
Não fiquei até o sarau rolar
Quando fui
Depois de muito me convidarem
Fiz o texto pra causar, o anterior, citado
Acho blog, um modelo antigo
velho, ultrapassado
Respeito os artistas
os sonhadores
Os que tentam
Acho válido
Pareço da internet, cansado
Talvez faça como Pedro
e vá comprar cigarros
Sou fraco pra charutos
Sou fraco diante os bravos
Cuspo as ideias nuas
Engulo o orgulho
Admiro
os corajosos de coração
os mártires dos pulmões
os psicóticos do fígado
os alquimistas da palavra lida
Esvoaçante,
pousando as têmporas

domingo, 23 de fevereiro de 2014

"Doutra Maneira Não Me Querias" (Sannio)

Não basta ser honesto, idôneo 
Tem que ser genial,
brilhante
Apolônio
Trincar, não só os dentes
O abdômen e o que sente
Aparente
 Aparenta
O rosto, às ventas
Gosto das que gostam da flexibilidade
que percebem que a idade
em nada certifica
Ainda cria,
não se limita
Larga o celular um pouco
Vazio
Artificial
Face
Zap
Book
Ouça o silêncio
Parece louco...
Anasalo o resmungo,
 inspiro
 arte
Artifício 
Patrício
do peito
Na esquerda,
direito
Republico
 o reverso




sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

"Desconecte-se" (Sannio)

Desconecte-se se não houver interesse financeiro
Infelizmente vivemos sobre o manto fascista do dinheiro
Desconecte-se se for só pra mostrar a sua bunda
Por que geralmente quem valoriza tanto isto,
costuma não cuidar "dela" tão bem
Desconecte-se se o intuito for ficar dando lições de moral nos outros
"Aham...Cláudia, senta lá!"
Te conheço de outros Carnavais...
Desconecte-se se for pra querer impor o seu pensamento
Cuide de seus filhos, eles só tem a você(s)
Desconecte-se se for pra bancar o machão garanhão
"Você com um revólver na mão é um bicho feroz (Feroz)
Sem ele anda rebolando até muda de voz (Isso aqui...Cá pra nós)"
Desconecte-se pra ver o Sol e a Lua
Desconecte-se pra viver a vida
E não apenas, teorizar sobre a mesma
Desconecte-se se quiser!
Não tô nem aí...A vida é sua
Não é recado, é opinião
Não dou a face, nem procuro explicação
Não sou contudo, um safado, pra chamar todo mundo de irmão
E viver de hipocrisia
Nem vivo a lamber a imagem, que já foi mais bela
Sofre agora a sua nostalgia
Viva a sua vida
Eu sei, que tantas vezes me omiti
Tenho um pé na melancolia
Desconecte-se...
E tenha um bom dia!







quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

"Café Pós Sarau" (Sannio)

Ouço às incoerências esperançosas, com graça
Com saudades que se faz na alma,
em silêncio,
com calma
Me perturba a explícita necessidade de aceitação humana
A vontade mundana mascarada
A profundidade entorpecida, a beira da calçada
Face turva, mostrar de penas, lamber às pernas
Só isto, ao fim do último gole
Ao fim do último golpe, é apenas isto, mais nada
Válida a experiência, o conhecer de novos rostos,
misturados aos antigos
Às belas jovens a surgirem
E os tolos a insistirem
"Estou aqui por conta da arte!"
Senhores, bem sabeis, o que no fundo queremos
Trepar instintivamente com as ninfas que surgem
E todo este papo, filosófico altruísta,
é só uma teia masculina e oportunista
Não sejamos hipócritas, estamos entre iguais
Aonde eu pisei não cheirava a flores
Tinha o mesmo cheiro...
E que se dane o dinheiro! 
Só não leve "a cocota" a um pulgueiro
Se for pra ser pedante, nem me responda
 Não me chame de machista,
narcisista, fascista, estúpido, equivocado 
Facilito, deixo fácil:
"Só, não me chame."
http://www.youtube.com/watch?v=H_DLXCvJL9g 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

"Rupturas, Desafetos, Delícias, Desejos" (Sannio)

Difícil não manifestar um vácuo emocional
Donde eu via um, deveriam haver dois
e mesmo assim, tive de achar normal
Há muitas vagas, pra pouco se fazer,
ou não se fazer quase nada
Pode-se tornar um pucha saco de batinas,
um bicheiro de esquinas
e ao me olhar nos olhos:
Não, não...Não me fascinas!
Fico pensando: "O que esta bixa velha quer comigo?"
Tentar aumentar a sua auto estima?
Difícil, se nem de onde defende é cria
E da boca escorre só bazófia de "verbologia"
Fina flor da vã filosofia(Aff!)
Fico pensando o que eu perdi
se foi a paciência, apenas
Ou o restante que eu tinha das boas maneiras
Não!...
Não hei de perder as penas
Voo com a classe que tenho,
não as que invento
Não sou contudo um pavão
Ainda da racionalidade, sou instrumento
Rompo com o lar, com o bar
Com tudo que me faça mal
E se me contradigo
é por ser humano,
Há de ser normal
Rompo com a mesmice
dos lugares que amo
Lugares?
Estranho, "falar" desse jeito
Estranho ter mais de um amor
ou locais preferidos
Cidades escolhidas
feito cigano que se muda
Feito medo da angústia
e dor de barriga
Dar a alma
Companhia preferida
Saudade do interior
Por diversas vezes, insisti
Não omito
Nem hei de omitir algum desagravo
Ou o que eu pessoalmente considere
que nos setores primordiais de "minha cidade"
Haja descaso
Se solteiro afeto, parece pequeno
Falta de esgotamento, asfaltamento
É por mim visto e igualmente deixado de lado
E a que lado defendo, além do meu?
Ah...não sei
De repente, vá ver, é o seu
Queria ter mais:
Empatia com outros seres humanos
Direitos democraticamente assistidos
Honrarias, fazendo algum sentido
A quem me ache irresponsável
Provavelmente a quem eu deva um copo d'água
Pra que tanto rancor e tanta mágoa?
"Desacoenda", destila, deságua 
Talvez casado ou com um bom calçado
Finalmente me faça louvável
Falando das capitais, capitais são todos os deleites
Os condenáveis,
os amorais
Sem paz,
"Sem pódio de chegada ou beijos de namorada"
Se trás
Se trai
Sem mais.
http://www.youtube.com/watch?v=vPAlphS6LtE 




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

"Não Há Nada de Novo A Não Ser que Tudo Tenha Mudado" (Sannio)

Tudo pode começar com uma negação
E mesmo que não comece
termina
Não fui eu quem inventou o jogo
Talvez desta vez, possa ser
mas não é sempre
que a culpa é minha
Você não conheceu todas as minhas vidas
não saberia dizer quantas vezes
eu realmente estive vivo
Quero saber de você
como uma música que ouço três ou quatro vezes
ininterruptas
Passam os meses e a vida nunca foi curta
É preciso ter fé
mas um pouco de bom senso
Nem todos são reconhecidos
alguns com pouco talento
E eu não quero ser rude
Mas talvez só assim
você me escute
Eu não vou terminar
o esboço que você fez
de mim
De uma vez

http://www.youtube.com/watch?v=QEvgINnOzVw




sábado, 8 de fevereiro de 2014

"Indiferença" (Sannio)

De um tempo pra cá, o crescimento de analistas políticos sem qualificação para tanto,
cresceu brutalmente 
Bom, depois do Google o número de "gênios" disparou
 Disparou não por acaso, com"suas metralhadoras cheias de mágoa": "São só uns caras"
Pouco me importa se a cara pinta, o chapéu serve, o que o vento trás, o que o outro verve
Redes sociais de cutuco, de indiretas
 Me servem às linhas retas, eu não sou Deus, nem da internet um atleta
Me consiste o aprendizado, o aprendido, o educado. Mesmo tolhido, eu não fui ceifado
Memes, tremes, pretensos "funk's que se funk's", gemes
A vida já não é mais como antes...E eu tento me adaptar
Conto comigo, tenho fé e ando, não sei subjugar
Nem fazer olhares por onde passem arestas, cinismo de quem não presta
 Me mostrar um sorriso, 
pois só a isto resta
E a face cerrada da ignorância, mesmo que a protuberância se de aos peitos
 Conquistou o que agora tem, por deitarem em outros leitos
Me ignorem, é o melhor que fazem
 Não sou um Coringa, nem um cheirador compulsivo de gazes 
Espionados por uma rede entrelaçada, ingleses interesses, aparecem aos poucos
Julgam que não sabemos(que não sei), que piada
Mentir demais é gota d'água, é barca furada, é mãe sem água, é palhaçada
Trote que nos obrigam, os comandantes
Nos forçam a caminhar, esquecidos nas paradas
Não somos audiência pra "playboyzada" 
Nem carregamos antenas, sentados a beira da estrada
Para eles, não somos ninguém...
Não somos nada!

http://www.youtube.com/watch?v=MqQq_ykY_j0

sábado, 1 de fevereiro de 2014

"Mentira!" (Sannio)

Eu sou apenas um fantasma que assombra os dias que se estinguem
Neste meio tempo, talvez algum regresso, ou outro começo surja
E eu me arrasto com a minha bermuda suja
por aquela rua escura
na noite que não termina, apenas muda
Que me traga paz
Eu quero o teu bem, demais
Vendo os espíritos calados
encostados em seus leitos 
ou nos mesmos e saudosos peitos 
Meu cansaço é assim
É descanso que não vem
É um olhar atravessado de alguém
que tem raiva de mim
Corta o pulso e te dispa 
Não é difícil, saber de ti
Pois estas aqui
E aqui dentro, eu sei
te sustendo e não me deixas dormir
Acendo a vela que trás
algum problema amais
Não vou cair, se te vai
Seu rosto de marfim 
Mentira!
Mentira! 
Me tira
E me corre da tua mesa
Não prometo dar-te atenção
E é tão difícil o meu não
que me parte o coração
de te ver em solidão
Mesmo assim eu quero ser
uma lembrança
Sobre eu
ou sobre você
Sem rima
E sem coerência, que tal?
Sem outra lei marcial
Da paranoia marginal
Eu sou a sombra
Eu sou o véu
Sou o estranho caminho
jogado do ninho
Cortado do céu

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

"Antes Eu Me Calasse" (Sannio)

Antes eu me calasse
mas não seria a primeira vez
Ante teus olhos
Serei eu mesmo, sem esquecer 
Mas talvez você se canse
como muitas outras cansaram
Mas acredite
Você é a única prece que eu sei rezar
E a sua lembrança um torturante calvário
Onde caio de joelhos
Toda vez que eu me afasto
Desta vez 
vai ser diferente
Eu vou conseguir
Pois eu sei
que um dia você olhou por mim
Me basta isto
para saber que eu posso 
Ainda que a luta
Me arranque de ti 

http://www.youtube.com/watch?v=RVDc6bYy3j4 




quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

"A Música Mais Triste do Mundo" - Masayoshi Yamazaki * Tributo

Masayoshi Yamazaki 


(Descrição do Yutube por Andresa Martins)
Enviado em 22/06/2010
Um homem despedaçado pelo amor. Masayoshi Yamasaki é um ser humano com a alma devastada por uma tristeza imensamente profunda, tão cheia de sentimentos e tão cheia de expressão. A música "One more time, one more chance" é o espelho onde ele consegue, de forma brilhante, refletir todos estes sentimentos tão intensos que são revividos profundamente a cada vez que a canta. Ela também é encerramento do anime Byousoku 5 (5 centímetros por segundo).

Os artistas japoneses são muito reservados e nunca se soube de fato o que deu origem a esta melodia tão marcante. Masayoshi Yamasaki tinha apenas 25 anos quando gravou este clipe. Atualmente com 38 anos(* hoje com 42 anos - nascido em 23 de Dezembro de 1971) ele continua a cantar esta música que é seu primeiro e grande sucesso.

Mesmo tendo se passado 13 anos ele continua a emocionar a sua platéia e a si mesmo durante suas apresentações.
Versão do anime 5 Byousoku: http://www.youtube.com/watch?v=Tvos4S...
Versão ao vivo (2007): http://www.youtube.com/watch?v=FCQZKZ... (reparem como ele envelheceu rápido)
Versão em piano: http://www.youtube.com/watch?v=ehmYO0...
Site do artista: http://www.universal-music.co.jp/yama...

* Último post(deste humilde blog), espero que eu tenha entretido a todos(ou a uma boa parcela, rs), nestes quase 03 anos.
Obrigado...

"Não desistam nunca de serem vocês mesmos." 
(Sannio)

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

"L'age D'or" (Sannio)

Quando o sol for a Aquário
estarei mais próximo dos amigos
E das lembranças que levo comigo
dourados são os fios que acho na blusa
Talvez amorenem em Fevereiro
passado o Januário
O jornal que lerei me manchará de tinta
depois da quarta página, ou talvez da quinta
Acinta a conversa no portão
Um abraço e um beijo
sem dar ou ouvir sermão
Minha lua em Virgem
nas coxas de alguma devassa
Prefiro cerveja a cachaça
e não paro mais de beber(desgraça)
Já li a Bíblia
mas prefiro comer ervilha
ou me perder em alguma virilha
Limpa carência de longas madeixas
Deixe me dizer o que eu penso da política
de toda esta manipulação fascista
E há quem acredita
que os seus dados jogados
não são computados
E que merecem crédito, respeito ou jurados
"Doutor, cura-me de mim mesmo
Por favor, não sei existir a esmo"
Não sei também ser tão cínico
e sou péssimo como mímico
Mas eu gosto de cantar
e gosto de usar
Tudo o que é meu

http://www.youtube.com/watch?v=lPfWbc4pKVg



sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

"Trovadores Espreitam Meu Silêncio" (Sannio)

Vi a carência de atenção em notas
Cordas que em seus pulsos arrebentavam
e o cão inocente aproximava-se daqueles homens pela noite
Há tão pouco por saber
Uma incoerência que é rida, uma noite a ser esquecida
Uma pequena lanterna e nos arredores adormecem os santos
os psicóticos e os quietos
Os calados, nos calos de suas lembranças sujas
Violões e braços distantes
Musas em noite que finda
Na fumaça que dispersa a mente emerge enquanto dorme
e a areia apaga o que havia sido escrito