Minha honestidade é rude
Portanto, melhor aceita
Já estamos todos acostumados a rudezas, as ruindades, as banalidades
Porque estamos todos sujeitos
Não dá para ser brilhante o tempo todo
Aliás
É bem mais fácil
e comum
Ser de vez em quando: Reluzente
E sendo assim, também fugaz
Rápido
Em toda arte é por aquele brilho inconstante
que buscamos
que cobiçamos
que rumamos
E invariavelmente, vez ou outra
Encontramos
Não é sempre
Nem sabido quando vem
Feito amor
Tem de ser verdadeiro
Para ser admirado
Enquanto navegamos na mediocridade das paixões
Somos apenas fantoches inadvertidos
Da condição humana e logicamente: Limitada
É bom conhecer o chão por onde pisamos
Para quando chegar a inevitável hora de liricamente
pousarmos
Não sermos vítimas
Das próprias ilusões