segunda-feira, 19 de maio de 2014

"Incitável" (Sannio)

Entretenha a mente
Longe das câmeras
Sufoca na câmara
a sua vontade primária
Anseia
Não há muito a ser dito
Já falo bastante
 E o bastante
Escrevo coisas que ninguém lê
Leio coisas com a curiosidade 
de quem se importa
Mas no fundo
Sinceramente
bem lá 
no fundo
Não
Visado o ponto
Longe do horizonte
vagueio
Em breve
sonho
Na realidade obstante
Inquieto
alcanço
Ainda não
Tão logo
chego



sexta-feira, 16 de maio de 2014

"Estúpida Dignidade" (Sannio)

Dope-me com seu ultraje vergonhoso
Chupe a manga ainda verde
Deixe de lado
O seu livro de rosto
Não existe galera
Ou interesse
Trocaram-se os barcos
Que conquista existe agora?
Casada...
Não me faça rir
Mostre os peitos
Melhor sucesso
Pernas roliças
Não queira uma boa aparência
Me dê a mão
Cale essa boca
Não há nada que você possa me dar
que eu já não tenha ganho
Tantos nãos
Só te digo não
Você não diz nada
Nunca soube
Dizer um bom não




domingo, 4 de maio de 2014

"Ao Mestre Com Carinho" (Sannio)

Por que eu escrevo?
Para aliviar os meus pensamentos, é claro
Clara a intenção
Não os meus pensamentos
Porque me afasto das pessoas
Como fuja das injeções
Me fazem bem...
Mas só consigo lembrar da dor
Escrevo aqui
Porque tenho o meu livro pra escrever
E todos estes pensamentos
que para vocês, parecem desconexos
Não caberiam nele
No livro
Que se arrasta
Apenas uma ideia e poucas páginas
Conheci um professor
Professor da vida, dentre tantos mestres do carinho
Escreveu o seu livro
E veio a falecer
pouco depois
Tive outro professor
E seu livro póstumo
Me encheu de orgulho
Geniais poetas
Satisfeito fico, de tê-los conhecido
Houve outro professor
que injuriado
Intentou ligar o ventilador
E espalhar todo o seu escárnio
Talvez, aqui, de todos
o mais inocente
Não sabia, ele
que estas mentes indolentes
São cúmplices caladas
De tantas cafajestadas 
que ocorreram(ocorrem) na minha Tapes
No interior
No interior,
somos poucos
Os sonhadores
O resto, mesmo que agora
 Me aproprie da soberba
São meras ovelhas
Sem um pastor
Morreriam todas,
afogadas na laguna

sábado, 3 de maio de 2014

"Pixies, Pins, Por Mim" (Sannio)

Você não consegue "understand"
Tudo aquilo que eu repito em meses
Já não faço amor
como um beija flor
Me basta os seus fios loiros sobre mim
Fazendo parte da minha fantasia
Sei que estaremos juntos
novamente
algum dia
Não vou supor o que não vivi
O isopor ainda está aqui
E permaneço
tão sóbrio
Tão nobre
Tal qual um bem te vi
Melhoro o meu inglês
A cada dia
Vai ter Copa!
Eu sou um Português
nessa hora
Então vem , vamos embora
Eu não quero mais

rir
Hey, menina
Aonde estão os seus lábios?
Quase perdi
os meus cadarços
De tanto correr atrás de ti
Hey, pequena
Quero que você 
saiba
Que um cineminha
não é nada
Se eu não caio na calçado
E eu quero viver
um pouco
assim