quinta-feira, 29 de agosto de 2013

"Carta ao Tommy" (Sannio)

Tens o teu brinquedo pronto, apronta é só teu
Birras se não brinco, já não o amo, não o sinto
Tens o teu palco, sobe, a plateia te espera
Tropeças de bêbado, danças, torna-te criança
Te equilibras, balanças
Tens a tua barba, magistra
Assim como eu tenho a minha, turista
Tens os teus conceitos, tuas musas, tuas turvas noites na chuva
Assim como eu tenho o céu que encaro, no solo os meus calos
Nas mãos não mais cornetas
Tens tuas razões eu tenho às tetas
Tens tuas visões, tens tuas zombetas
Te magoas por que cresço e te abandono
Trata-me como um filho em sono
Mas esqueces que eu não sou
Que provenho da cisão
Se quebra em mim o sifão
Não permitirei que o cheiro te aborreça
Sossega, esqueça
Talvez queira por vezes o caos
Normal
Dele muitas vezes me servi
Te entendo
E antes que penses que concordo, te emendo
Não rompo com às trompas
Filhos da criação e das escovas
Limpamos ainda os dentes molhados
Tragados pela vida
Você com as suas leis
E eu com as minhas trangressões
Não vá chorar de novo
É apenas só mais um dia
Mas são dois corações

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

"Nem Direita, Nem Esquerda, Só o Pão Sobre a Mesa" (Sannio)

Tarda no circo a entrada, na porta a fachada, no rosto a mágoa
Sorrio no fundo d'água
Sereia da noite, brincos de pérolas, velas
Nada
Sorriso no castigo
Distância, vertigo
Você, tu e eu
Sendo assim me esqueço
Tenho em si recomeço
De ti solidão
Só e são
Sim, canção
Pra te guardar o sono
Sem nem mesmo sequer um dono
Só Deus por testemunha

terça-feira, 27 de agosto de 2013

DÍZIMO

 https://www.youtube.com/watch?v=Cdn7BNolLTo

 https://www.youtube.com/watch?v=S2uIii9dTJc

  https://www.youtube.com/watch?v=VgAkwbHtDhc






segunda-feira, 26 de agosto de 2013

"Nulismo" (Sannio)

Paredes estreitas demais, "tal rabo de xina". E em meu embargo, já não consigo respirar
Meus sonhos são punhais que cortam a minha realidade caótica, estoica, apostólica, paranoica
Eu já não sinto frio, nem dor, nem mesmo sono ou calor
Meu coração não sangra, ele é incapaz de sentir
E a carne que cai em filetes ao solo, é comida pelos porcos da  minha própria ignorância
O relógio derrete na parede, feito sorvete de baunilha
A sereia lambe os meus mamilos, desce em lábios, ronrona escarro
Travo o gozo, que nojo
O esperma na perna, na musa, na terna
Te abraço, tal laço
"Fique!"
"Não posso"
Choro, arroto, troco, troço
Me mata, mas antes deita aqui comigo
Finge que eu sou teu amigo
E por misericórdia, me sufoca se eu tentar acordar

domingo, 25 de agosto de 2013

Polemic Documentaries

   http://www.youtube.com/watch?v=tfQG0YLilYs

  https://www.youtube.com/watch?v=1O4SZQZ-ikk

  http://www.youtube.com/watch?v=sKuu5qKk6Oo&feature=youtu.be

  http://www.youtube.com/watch?v=tKxk61ycAvs

  http://www.youtube.com/watch?v=bcwiPNBQ36k

  http://www.youtube.com/watch?v=b5qN2Q3yApc

sábado, 24 de agosto de 2013

"Lourenço" (Sannio)

O cheiro que sai de mim, às vezes cheira a cheiro de ralo.
Minha sabedoria não provem das oportunidades que eu agarrei. Mas sim das que eu desperdicei ou simplesmente deixei passar.
Há muito tempo não tinha epifanias sobre a vida assistindo a um filme brasileiro. Mas esta noite eu as tive.
A frieza que aparenta insensibilidade, o negativismo de Lourenço, a impressão das pessoas, aquela sinceridade desprovida de caráter moral... Só uma personagem e mesmo assim me mostrou tanto de mim, me lembrou um amigo também. A qual o nome eu recordo, mas não cito, pouco visito e que agora mora longe. Tem um sotaque parecido com o meu...
"Foda-se!"
Uma vida inteira de distância. Distância do pai, incompreensão da mãe.
Amante furtivo, de poucos amigos.Tudo mudou após um desamor. Então tudo acalmou.
Anos se passaram e aí mudou de novo.
Igual a bala de framboesa: "Massa!"
Se eu não tivesse sido tão volátil o paraíso teria um nome. E eu provavelmente conseguiria pronunciá-lo.
Lembro daquelas que chegaram tremendo e saíram em parte satisfeitas por conseguirem o que queriam.
E eu também gozei de suas companhias no meu sadismo masoquista, inconstante e perturbador.
Sempre houveram as musas, as santinhas e as vagabundas.
"Eu não me importo com ninguém. Só não quero que pensem que o cheiro do ralo é meu".
O conforto não desocupa a bunda da poltrona. E vira escória, rola nela e esporra.
As paixões parecem vazias, saciadas após o ato.
Mas hão de notar arrependimentos de fato, eu não sou o Lourenço. Quiça houveram(que eu saiba), tentativas de suicídio por minha causa. Abortos talvez.
Não vou segurar um olho, nem o do cu.
Nunca me apaixonei por uma bunda que eu quisesse envelhecer ao lado. Ou que eu pudesse comprar.
Me faltou humildade. Soberba da própria arrogância nas posses imateriais.
Dois tiros e eu me acabo.
Suspeitas não faltam.
Quem há de consolar um ingrato?
"A vida é dura!"

Livremente inspirado no filme: "O Cheiro do Ralo"  (Um filme de Heitor Dhalia)
Baseado na obra de Lourenço Moutarelli

 Dedicado a Paula Braun




sexta-feira, 23 de agosto de 2013

YAOHUSHUA

http://www.youtube.com/watch?v=KPLLgB8e4UQ

http://www.youtube.com/watch?v=900rJ3UL56A

http://www.youtube.com/watch?v=izgyA6s9s8Q

http://www.youtube.com/watch?v=n3MInrhpfgM

http://www.youtube.com/watch?v=8YNbxCSd2aM

http://www.youtube.com/watch?v=792vyyGUqb8

http://www.youtube.com/watch?v=AWHghqsF9LE

 http://www.youtube.com/watch?v=yXQMDyhWgTo

 http://www.youtube.com/watch?v=7Ihl-VshAqQ

 http://www.youtube.com/watch?v=DaWzx-2YQNk

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

"T V"

 http://www.youtube.com/watch?v=4ZOgz5uOYYQ

http://www.youtube.com/watch?v=YmXMB2MVFEQ

http://www.youtube.com/watch?v=H_dsWQL_MFc

http://www.youtube.com/watch?v=HSCUzLf9xtg




domingo, 18 de agosto de 2013

O Espírito Humano

http://www.youtube.com/watch?v=RI278UZ11WA

http://www.youtube.com/watch?v=RAHs9qyczFM

http://www.youtube.com/watch?v=aTtxAiCyMcM

http://www.youtube.com/watch?v=cs6DbQ1tDgg

http://www.youtube.com/watch?v=SdDMP0anKn8

http://www.youtube.com/watch?v=RTyjBXR2Mx0

http://www.youtube.com/watch?v=F1pyP7GLLQY

http://www.youtube.com/watch?v=jZ_wiv9tdVs

 http://www.youtube.com/watch?v=qIgttVG4kjU

 http://www.youtube.com/watch?v=3OmQDzIi3v0


 


 






sexta-feira, 16 de agosto de 2013

"Candeeiro" (Sannio)

Quando o anjo se aproxima, eu sinto a dor desaparecer
Oh Dom, que fazes tu das tuas virtudes?
Por certo, não quer que mudes
Permaneces na ignorância
Teu pensameto que estraçalha as barreiras do som
Vem cá ter alento em tua vaidade
Senhor, veste a tua roupa, a de linho
Teu trajar em desalinho, não combina com teu prisma
Cisma que te condenam
Ao contrário te erguem
Perde-se tu no próprio gênio
Tua voz que com a minha se confunde
Não quer de todo que eu mude
Pois assim não me terias contigo!
Ledo engano pobre menino
O que mais quero
É que pares de esmorecer
Como posso eu a vencer o tempo?
Nem mais uma contradição!
Busca no teu irmão
Felicidade para a tua alma
Basta de partidas
Segue as portas por ti não escolhidas
E minha vida?
Começa agora!

domingo, 11 de agosto de 2013

"Mickei, Sunshine Blues" (Sannio)

Contaminaram as minhas lágrimas
Se fez de vítima com mágoa
Mas eu não posso perdoar os seus amigos
Por isso Mickei,
eu não sou seu amigo!
Mickei, eu não sou seu amigo!
Mickei...
Nem "fudendo"!

Mente sobre toda a nossa história
Levianamente quer toda a glória
Quer atravessar a mata
Não importa
se tiver que matar
alguns pobres elefantes
(Fuuóóóhhhh!!!)

Eu ouvi o discurso do homem
em solussos
Seu regente soluto, o último
E tudo isso
Antes do tiro

Por isso Mickei,
eu não sou seu amigo
Mickei, eu não sou seu amigo!
Mickei,
a prostituta aqui é você!

Eu não sou terrorista
Eu só achei o teu número na revista
(tu.tu.tu.)

Liguei e você estava ocupada
Seus cafetões me desceram
a porrada
Mesmo assim,
eu apenas disse:

Mickei? Eu não sou seu amigo!
Mickei? Eu não sou seu amigo!

Mickei, olha o que eles fizeram comigo!










"As Flores Do Jardim De Minh'Alma" (Sannio)

Beija a minha carne
que te espera desnuda
Afaga o meu rosto
Aperto a tua nuca
Chupa os meus dedos
Me acolhe nos  teus seios
que eu te entrego o meu freio
Nos teus casos mais sérios
 os meus são só mistéios
O incenso na varanda
tuas fitas de aruanda 
E o corpo que comanda
que consome
Sou teu homem
Sem um nome
E tu és
minha mulher

 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

"O Sonho de Tolstói" (Sannio)

"O homem pode viver 100 anos na cidade sem perceber que já está 
 morto há muito tempo"  - Tolstói em "Sonata a Kreutzer"

Não há igreja maior que a sua própria fé
Cristianizo o ateísmo de calssolas que doe-me às bolas em seus discursos
Gosto também da mulher que me beija a boca e me toca longe dos bolsos
Dela me compadeço e a mereço e do preço bem que me esqueço
Entrelaço os meus dedos aos fio e no vazio algo macio
Gosto do carnalismo sem hipocrisia, das profanas horas,
das santas, das vadias
Desprezo o que despreza, o que não reza, o que não crê
e não vê sem perceber a discrepância da sua estúpida ganância
Em obsesso egoísmo de suas posses, há quem os endosse, sem norte,
sem rumo, seu húmus, seus prumos
Meu livre-arbítrio no amor ao conhecimento com dicernimento
Sem lamento, ao relento, sem mas, quero paz, sem mais.




quinta-feira, 1 de agosto de 2013

"Rejeição" (E. Castro Amaral)

Estava deprimido, vestindo minha "karaio banzo", uma cueca japonesa
 e tomando suco de guarda chuva e fumando cigarros musicais. Quando
 ouvi um comentário sobre uma menina que queria ser famosa mas não
 tinha talento nenhum.
Olhei para o lado e vi cachorros comendo o próprio vômito, seres de
 outro planeta cagando pela boca e falando pelo cu. E ensinando aos seres
 humanos o ódio pelos próximos a eles. Pobre ser humano que sou. Eu com
 pouca compreensão de mundo. Coitados daqueles que não querem ser desse
 mundo, pois querem cagar pela boca e falar pelo cu.
Olhei para cima e lá estava o sol com o sorriso Deus. Sem mudanças e feliz.
Viva e deixe viver! Ame e será amado. Odeie e será rejeitado.

* Editado por Sannio Cardoso.
* E. Castro Amaral - Colaborador, poeta, filósofo, amigo e Comandante
  da Embaixada da Interzone.