Suas drogas de vida
Lícitas ou ilícitas
Para o equilíbrio ou para o completo oposto
Os melancólicos erguem os copos
Lembram das perdas
Lembram dos corpos
Os lascivos
Caçam em frenesi
Para anestesiar o corpo
Com outros moribundos da alma
E todos nos encontramos
ombro a ombro
Por ruas infestadas de pessoas
As carruagens de ferro transitam
com seus vermes a dirigir
A parasitar
Espalham-se os resfriados
nos espirros cuspidos
Quando dormes
Descansas
Atravessa a realidade imposta
Sonha
Ao acordar, percebe o abandono
Todos eles, invadindo os seus poros
O homem a se tornar barata
Sem asas
Dependendo sempre do outro
Coletivo
Para o uso
E de tanto usado
De vez
Se retira
Sem pólvora
Sem notas
Invisível