segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

"Maldito Ego" (Sannio)

Roubariam-me, além das vestes se pudessem.
Tirariam-me, até o sangue das veias se tivessem, por certo a chance.
Mudariam as minhas palavras, calariam a minha boca.
Sugariam incessantemente os meus sonhos.
E levariam por fim, minha esperança.
Talhariam minh'alma.
Quebrariam, minha liberdade.
Se me tirassem tudo.
E deixaria de ser, quem eu sou.
Lógico?
Não!
Sou quem sou, por força divina.
Por instinto, por genética.
Sou quem eu sou, por quem me rodeia.
Não somos nós, nada.
Se não, espelhos para nós mesmos.
Não somos um.
Somos um todo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

"I See A Darkness" (Sannio)

Sento no chão frio.
Próximo ao ventilador.
Rodam as pás.
O vento toca o meu rosto.
Meus olhos ardem , enquanto você reclama da solidão.
Seu estômago sente a falta da comida.
Meu telefone toca.
Eu não atendo.
Não tenho atendido muitos telefonemas.
Mesmo quando eles vem a tocar.
As garrafas brilham ao sol que se aproxima.
Também as latas vazias, nostálgicas dos seus dias felizes.
Mesmo, que eu nutra, um ódio aos regimes imperialistas e de direita.
Não posso negar, o prodígio de seus filhos.
Titula Johny Cash, a sua dor.
Enquanto eu sepulto a minha.
Caro amigo...
Eu já me senti, como você se sente agora.
Levanta o teu rosto.
O caminho, é este mesmo!